É galerinha não tem jeito, agora chegou ao final mesmo, nosso último dia de aula desta disciplina. Hoje viemos, para pegarmos nossos trabalhos do semestre e também saber a nossa média final.
Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC / Curso de Pedagogia / Disciplinas: Tecnologia da Educação & Educação Especial / Professoras: Graziela Fátima Giacomazzo & Albertina Serafim / Atividade: Construção de um Portifólio Virtual
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
24 / 11 / 2010 _ 17ª Aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial
Bom, começamos nossa aula de hoje com uma atividade um pouco diferente. A professora Beta nos entregou uma folha que continha diferentes cachorros, a mesma por meu de gestos fazia a sua representação para que nos adivinhamos qual é, e que também fossemos numerando para no final descobrirmos quantos acertamos. Foi bem legal, essa atividade!
Após, realizamos a brincadeira um pouco diferente, uma colega foi na frente e imitava outra através de gestos, para que o grande grupo descobrisse quem é.
É galerinha nosso semestre esta chegando ao fim, e hoje já realizamos a nossa auto-avaliação. Foi o momento de nos avaliarmos, e avaliarmos a disciplina num todo.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
17 / 11 / 2010 _ 16ª Aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial
Na aula de hoje as acadêmicas que não haviam apresentado seu livro ainda, o apresentaram. E após fomos a um encontro aqui mesmo na UNESC, que tinha por objetivo discutir as políticas de educação especial e inclusiva, foi bem produtivo!
O evento contou com a presença de alguns professores, dentre eles a professora Neiva, Albertina e Yara. Sendo que, nossa Universidade é a 2ª Universidade do Brasil com o maior número de deficientes!!!
"A questão da deficiência está nós olhos de quem o vê!" (Carlos)
12 / 11 / 2010 _ Mensagem
Querer e Poder
Ouvi num programa de rádio o depoimento de um jovem deficiente físico, que venceu o preconceito, venceu a própria deficiência e se tornou uma pessoa realizada profissionalmente.
O que me chamou atenção foi uma pergunta feita ao jovem pelo apresentador do programa. A pergunta foi a seguinte: "Querer é poder?
O jovem para minha surpresa disse que não. Ele respondeu que "querer é agir".
Refletindo sobre esta resposta cheguei a conclusão que é a pura verdade. Não é só querer, é preciso agir.
Muitos querem ter sucesso, mas quantos agem, quantos vão à luta, quantos perseveram? Vence quem é capaz de agir.
O jovem apesar dos obstáculos obteve grande vitória na vida.
Este fato nos mostra claramente, que é preciso agir, se quisermos ser pessoas vitoriosas.
(Pr. Edilson Ramos)
REFERÊNCIA
Disponivél em: http://www.otimismoemrede.com/quererepoder.html. Acesso em 12 de novembro de 2010.
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
10 / 11 / 2010 _ 15ª Aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial
Na noite de hoje realizamos a socialização dos fichamentos dos livros. Diante disso, apresento a seguir o livro na qual apresentei:
Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos

Neste livro, as autoras abordam a questão da inclusão escolar, analisando-as com rigor científico suas diferentes formas de serem abordadas.
No diálogo que as autoras estabelecem, elas abordam pontos polêmicos e controvertidos, que vão desde as inovações propostas por políticas educacionais e práticas escolares que envolvem o ensino regular e especial até as relações entre inclusão e integração escolar.
Parte I: Inclusão Escolar
“Mais do que avaliar os argumentos contrários e favoráveis às políticas educacionais inclusivas, entre os pontos mais polêmicos está à complexa relação de igualdade - diferenças, que envolve o entendimento e a elaboração de tais políticas e de todas as iniciativas visando à transformação das escolas, para se ajustarem aos princípios inclusivos de educação” (p. 16).
A questão da igualdade – diferença
“A escola justa e desejável para todos não sustenta unicamente no fato de os homens serem iguais e nascerem iguais” (p. 17), mas sim tratar igualmente todas as pessoas, independente de sexo, etnia, origem, crença...
“A diferença propõe conflito, o dissenso e a imprevisibilidade, a impossibilidade do cálculo, da definição, a multiplicidade incontrolável e infinita. Essas situações não se enquadram na cultura da igualdade das escolas, introduzindo nelas um elemento complicador que se torna insuportável e delirante para os reacionários que as compõem e as defendem tal como ela ainda se mantém. Porque a diferença é difícil de ser recusada, negada, desvalorizada, há que assimilá-la ao igualitarismo essencialista e, se aceita e valoriza, há que mudar de lado e romper com os pilares nos quais a escola tem formado até agora” (p. 18, 19).
“A igualdade abstrata não propiciou a garantia de relações justas nas escolas. A igualdade de oportunidades, que tem sido a marca das políticas igualitárias e democráticas no âmbito educacional, também não consegue resolver o problema das diferenças nas escolas, pois elas escapam ao que essa proposta sugere, diante das desigualdades naturais e sociais” (p. 19).
Segundo Jacotot, “A igualdade não é um objetivo a atingir, mas um ponto de partida, uma suposição a ser mantida em qualquer circunstância. Há desigualdade nas manifestações da inteligência, segundo a energia mais ou menos grande que a vontade comunica a inteligência para descobrir e combinar relações novas, mas não há hierarquia de capacidade intelectual” (p. 21, 22).
“Mas é preciso estar atento, pois combinar igualdade e diferenças no processo escolar é andar no fio da navalha. O certo, porém, é que os alunos jamais deverão ser desvalorizados e inferiorizados pelas suas diferenças, seja nas escolas comuns, seja nas especiais” (p. 22).
Fazer valer o direito a educação no caso de pessoas com deficiência
“Nosso sistema educacional, diante da democratização do ensino, tem vivido muitas dificuldades para equacionar uma relação complexa, que é a de garantir escola para todos, mas de qualidade. É inegável que a inclusão coloca ainda mais lenha na fogueira e que o problema escolar brasileiro é dos mais difíceis, diante do número de alunos que temos que atender das diferenças regionais, do conservadorismo das escolas, entre outros fatores” (p. 23).
“A inclusão escolar tem sido mal compreendida, principalmente no seu apelo a mudanças nas escolas comuns e especiais. Sabemos, contudo, que sem essas mudanças não garantiremos a condição de nossas escolas receberem, indistintamente, a todos os alunos, oferecendo-lhe condições de prosseguir em seus estudos, segundo a capacidade de cada um, sem discriminações nem espaços segregados de educação” (p. 23).
“Precisamos de apoio e de parcerias para enfrentar essa tarefa de todos que é ensino de qualidade. Temos sofrido muita oposição e resistência dos que deveriam estar nos apoiando. Falta vontade de mudar” (p. 25).
“Sabemos que alunos com e sem deficiência, que foram e são ainda excluídos das escolas comuns, devem estar inseridos nessas escolas, e há muito tempo, ou seja, desde que o ensino fundamental é obrigatório para os alunos em geral. Se os pais, professores, dirigentes educacionais não tinham conhecimento do direito de todos a educação comum, há hoje documentos e uma ação corajosa do movimento escolar inclusivo que estão cumprindo o seu dever de alertar os educadores e os pais nesse sentido”.
“As escolas especiais se destinam ao ensino do que é diferente da base curricular nacional, mas que garante e possibilita ao aluno com deficiência a aprendizagem desses conteúdos quando incluídos nas turmas comuns de ensino regular, oferecem atendimento educacional especializado, que não tem níveis, seriações, certificações” (p. 26).
“Nossa obrigação é fazer valer o direito de todos a educação e não precisamos ser corajosos para defender a inclusão, porque estamos certos de que não corremos nenhum risco a propor que alunos com e sem deficiência deixam de frequentar ambientes educacionais a parte, que segregam, discriminam, diferenciam pela deficiência, excluem, como é o próprio das escolas especiais” (p. 26, 27).
“Tanto as escolas especiais quanto as comuns precisam se organizar e melhorar o atendimento que dispensam a seus alunos. Precisamos lutar por essas mudanças e por movimentos que tem por fim virar essas escolas do avesso. Ambas precisam sair do comodismo em que se encontram, e a inclusão, especialmente quando se trata de alunos com deficiência, é o grande mote para empreender essa reviravolta” (p. 27).
Atendimento escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: um olhar sobre as políticas públicas de educação no Brasil
“As instituições escolares, ao reproduzirem constantemente o modelo tradicional, não tem demonstrado condições de responder aos desafios da inclusão social e do acolhimento as diferenças nem de promover aprendizagens necessárias à vida em sociedade [...]” (p. 33).
“Atualmente coexistem pelo menos duas propostas para a educação especial: uma, em que os conhecimentos acumulados sobre educação especial, teóricos e práticos, devem estar a serviço dos sistemas de ensino e, portanto, das escolas, disponíveis a todos os professores, alunos e demais membros da comunidade escolar, que a qualquer momento pode requerê-los; outra em que se deve configurar um conjunto de recursos e serviços educacionais especializados, dirigidos apenas a população escolar que apresente solicitações que o ensino comum não tem conseguido contemplar (podendo ser ofertada no âmbito do ensino regular ou em outros locais exclusivos para essa população” (p. 34).
Princípios, concepções e relações entre inclusão e integração escolar
“Temos muitos desafios a enfrentar para atingir a educação como direito de todos. Um deles é não permitir que esse direito seja traduzido meramente como cumprimento da obrigação de matricular e manter alunos com necessidades educacionais especiais em classes comuns” [...] (p. 35).
“A integração escolar tinha como objetivo ajudar pessoas com deficiência a obter uma existência tão próxima ao normal possível, a elas disponibilizando padrões e condições de vida cotidiana próximas as normas e padrões da sociedade” (p. 37, 38).
“Com vistas a se contrapor ao referido modelo, o objetivo na inclusão escolar é tornar reconhecida e valorizada a diversidade como condição humana favorecedora de aprendizagem. Nesse caso, as limitações dos sujeitos devem ser consideradas apenas como uma informação sobre eles, que, assim, não pode ser desprezada na elaboração dos planejamentos de ensino. A ênfase deve recair sobre a identificação de suas possibilidades, culminando com a construção de alternativas para garantir condições favoráveis a sua autonomia escolar e social, enfim, para que se tornem cidadãos de iguais direitos” (p. 40).
“No contexto de educação, o termo inclusão admite, atualmente significados diversos. Para quem não deseja mudança, ele equivale ao que já existe. Para aqueles que desejam mais, ele significa uma reorganização fundamental do sistema educacional. Enfim, sob a bandeira da inclusão estão práticas e pressupostos bastante distintos, o que garante um consenso apenas aparente e acomoda diferentes posições que, na prática, são extremamente divergentes” (p. 44).
“Neste texto, educação inclusiva está colocada como compromisso étnico-político, que implica garantir a educação como direito de todos. É preciso frisar que em uma democracia plena, quantidade é sinal de qualidade social, e, se não tem quantidade total atendida, não se pode falar em qualidade” (p. 45).
As condições de atendimento escolar para os estudantes com necessidades educacionais no Brasil
“A política educacional brasileira tem deslocado progressivamente para os municípios parte da responsabilidade administrativa, financeira, pedagógica pelo acesso e permanência de alunos com necessidades educacionais especiais, em decorrência do progresso de municipalização do ensino fundamental. Essa diretriz tem provocado alguns impactos no atendimento desse alunado [...]” (p. 51).
“Isso deveria, em tese, impor mudanças nas políticas educacionais para que a estrutura e a organização administrativo-pedagógica das escolas pudessem construir propostas que favorecessem a aprendizagem e o desenvolvimento de toda a sua demanda escolar” (p. 52).
“Informações preciosas não estão disponíveis. O registro por tipo de necessidade educacional especial as categoriza em: visual, auditiva, física, mental, múltipla, alta habilidades/superdotados, condutas típicas e outras” [...] (p. 55).
Formação de profissionais da educação para trabalhar com o atendimento de alunos com necessidades educacionais no sistema regular de ensino
“Os conhecimentos sobre o ensino de alunos com necessidades educacionais especiais não podem ser de domínio apenas de alguns “especialistas”, e sim apropriados pelo maior número possível de profissionais da educação, idealmente por todos” [...] (p. 58).
“Uma das competências previstas para os professores manejarem suas classes é considerar as diferenças individuais dos alunos e suas implicações pedagógicas como a condição indispensável para a elaboração do planejamento e para a implantação de propostas de ensino e de avaliação de aprendizagem, condizentes e responsivas as suas características. [...] Escola é espaço de aprendizagem para todos” (p. 60).
“Ao reunir pessoas de diferentes origens socioeconômicas, culturais, religiosas e com características individuais diversas, a escola e seus professores tem de planejar atividades favorecedoras da socialização, pensando-a como processo de adaptação do indivíduo a um grupo social e, em particular, de uma criança a vida em grupo” (p. 61).
Parte II: Pontuando e Contrapondo
“As desigualdades sociais são produzidas e decorrentes de fatores que envolvam diretamente o controle e a interferência humana e, portanto, passíveis de serem moralmente consideradas” (p. 77).
“Ocorre que a inclusão ultrapassa a legitimação desse direito, ao exigir não apenas a matrícula escolar, mas o prosseguimento dos estudos até os níveis mais elevados da criação artística, da produção científica, da tecnologia. Há, então, que se reconhecer as peculiaridades dos alunos, isto é, as suas diferenças. Nesse sentido, é preciso mostrá-las, porém sem discriminá-las nem inferiorizá-las” (p. 80).
“As propostas educacionais inclusivas exigem uma atenção constante dos professores para que não seja ferido o direito humano e indisponível de todos os alunos ao ensino regular comum” [...] (p. 80).
“Um dos princípios da inclusão escolar é a universalização do acesso, ou seja, é a garantia da educação como um direito de todos. [...] Para isso, há que se investir na definição de tais padrões para o ensino brasileiro e, por mais que certas responsabilidades sejam de competência das escolas, como a elaboração, implantação e constante avaliação da realização de compromissos assumidos em seu projeto pedagógico, seu funcionamento em muito depende das condições asseguradas em nível do sistema de ensino, condições essas que são engendradas por políticas públicas” (p. 83).
“Assim, compreender inclusão escolar não somente como acesso a escola, mas como a conquista da educação como direito de todos pressupõe assegurar maior investimento financeiro nessa área, implementar uma plataforma brasileira para a educação amplamente discutida com a sociedade, e implantar uma política de contínua formação de professores, como exemplos de demandas para melhoria da sua qualidade” [...] (p. 84).
“Todavia cumpre destacar que desde o final da década de 1990, mais particularmente, em documentos legais e de outra natureza, vem sendo incorporado diretrizes que estabelecem que a formação inicial de todos os professores deva capacitá-los para “atenderem demandas específicas dos alunos com necessidades educacionais especiais” e com “conhecimentos sobre alunos com necessidades educacionais”, não sendo mais um tema para as tradicionais “habilitações” em educação especial. É preciso intensificar as mudanças nos cursos de formação para que em todas as disciplinas se privilegie a construção de projetos educacionais para atender a todos os alunos” (p. 88, 89).
Parte III: Entre pontos e contrapontos
“Em todos esses projetos, não teria sido possível avançar se não fosse considerada, acima de tudo, a necessidade de assegurar o direito de todos os alunos a educação escolar e de atender as suas especificidades, quando estas são negadas pela educação comum. Por outro lado, é preciso estar atento para que o direito a diferença não inferiorize, não discrimine nem marginalize, não condene aos preconceitos e a segregação dos alunos com e sem deficiência” (p.94).
“No caso da inclusão do aluno com e sem deficiência, nos níveis de ensino básico e superior, é oferecido, quando necessário, o atendimento educacional especializado. Cabe a escola comum ensinar a esse aluno os conhecimentos acadêmicos e é função do atendimento especializado propiciar-lhe a complementação da sua formação, por meio de conteúdos, tais como Libras, código Braille, orientação e mobilidade, uso de técnicas de comunicação alternativa, português como segunda língua para os alunos surdos e outros, que não são conhecimentos próprios do ensino comum” [...] (p. 95).
“Os professores comuns encaminham alunos com deficiência para o reforço escolar e para a educação especial, porque acreditam que os encaminhamentos referidos servem para que esses alunos se recuperem ou adquiram as condições e preencham os requisitos necessários para estudar com os demais colegas sem deficiência nem dificuldades de aprendizagem em uma mesma turma do ensino regular” [...] (p. 97).
“A relação entre a escola regular e o atendimento educacional especializado deve respeitar os limites de atuação e as funções e responsabilidades de seus professores. Há que se evitar o que é muito comum atualmente: a invasão do professor especializado na rotina e nas práticas na sala de aula comum e a dependência do professor dessa sala, que acaba por abandonar suas responsabilidades com relação com ao aluno com deficiência, deixando-o nas mãos do colega especializado” [...] (p. 100).
“No âmbito da formação dos profissionais já engajados em sistemas de ensino, é preciso ultrapassar o que vem sendo promovido, ou seja, a realização de encontros formativos que se encerram na mera defesa da educação como direito de todos, ou que informam os princípios filosóficos e políticos da inclusão escolar e suas prerrogativas legais. É preciso promover sua continuidade, com aprofundamento das reflexões e da formulação de proposições para construir alternativas de escolarização para todos” [...] (p. 103).
Considerações Finais
Este trabalho teve por propósito fundamentar nossas aulas de fundamentos e metodologia de educação especial, analisando desta forma livros que abordam a questão da inclusão escolar ou até mesmo das deficiências ou síndromes, cabendo a cada acadêmica fazer a sua escolha.
Deste modo, selecionei o livro Inclusão Escolar: Pontos e Contrapontos, pois, penso que a inclusão é uma das temáticas que sendo muito discutido nos dias atuais. Afinal, muito falamos em inclusão, mas será que esta inclusão ocorre de forma adequada?
Diante disso, as autoras Maria Teresa Eglér Mantoan e Rosângela Gavioli Prieto alertam sobre algumas situações discriminatórias contidas em programas de inclusão escolar, que deveriam basear-se na justiça para todos.
As autoras destacam que muitas escolas que afirmam tratar das diferenças de seus alunos, ainda se sustentam em critérios niveladores para passagem de séries. Para que aconteça, de fato, a inclusão escolar, são necessárias mudanças profundas de concepções, assim como, de práticas educativas e organizações no ensino regular. Dessa forma, esse movimento poderá garantir não só o acesso de todos os alunos, mas sobretudo a aprendizagem e permanência na escola também daqueles que apresentam deficiências, com suas diferentes peculiaridades.
Para as autoras, os descompassos entre a formação docente e suas implicações no movimento inclusivo escolar, não justificam seu impedimento. É decisiva quanto à defesa por uma escola de qualidade, para todos e reconhecedora de todas as diferenças possíveis do âmbito humano. Só assim, segundo as autoras, as ações seriam realmente baseadas na igualdade.
Ressaltam que a insistente reprodução do modelo tradicional escolar, que enquadra os alunos, não tem respondido a contento aos desafios da inclusão escolar, do reconhecimento as diferenças e apropriação do saber. Com isso, a exclusão persiste e ainda, persistirá nas escolas.
Desse modo as autoras, destacam inúmeras discordâncias no plano da implantação das políticas da educação inclusiva. Analisando assim, a definição do papel do atendimento especial e suas perspectivas diante da coexistência de duas propostas: sua relação com os sistemas de ensino e todos os seus sujeitos.
Enfatiza-se a questão que a inclusão propulsa a qualidade de aprendizagem a todos os alunos e que é no enfrentamento desse processo que devemos nos atentar as possíveis barreiras impostas, para a busca coletiva de soluções.
As autoras redimensionaram as articulações possíveis e viáveis entre o ensino regular e o especial, engendrando-as a formação dos profissionais da educação. Para elas falar em inclusão, torna-se difícil, se não redefinir o ensino brasileiro que se sustenta, ainda em perspectivas fragmentadas e tradicionais. O papel do Estado merece, também, ser revisto dentro desse contexto.
Diante destas considerações, penso que o sistema que se refere à inclusão deve ser revisto, mas, penso também que deve haver um comprometimento do profissional da educação ao trabalhar com estes alunos, pois, é fácil colocarmos a culpa no sistema e não fazermos nada para mudarmos essa realidade.
Deve haver um comprometimento do profissional em fazer diferente e mudar essa realidade, basta acreditar no potencial dos seus alunos, afinal todos são capazes. Porém uns são mais adiantados e outros nem tanto, mas que tudo é um processo e que ao final todos alcançam ao objetivo proposto.
REFERÊNCIA
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. PRIETO, Rosângela Gavioli. Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006. 103 p.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
05 / 11 / 2010 _ Dica de Filme
Olá galerinha,
Assisti a um filme maravilhoso, por isso, venho recomendar a vocês que todas assistam também.
(Taare Zameen Par – Every Child is Special)
Galerinha é um filme indiano e pela informação que eu tive, este filme é de 2008. Porém, ele não se encontra nas bancas e locadoras, mas, está disponível na internet para quem quiser baixar.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
03 / 11 / 2010 _ 14ª Aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial
- Neste dia fomos dispensadas da aula, por termos saído a campo para o trabalho das entrevistas e observações. Na qual, os mesmos já foram apresentados.
- E na próxima aula teremos as apresentações dos livros.
27 / 10 / 2010 _ 13ª Aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial
Começamos a nossa aula de hoje retomando os trabalhos das entrevistas e observações, na qual não havia sido concluído na última aula.
Elis deu início as apresentações do dia, após todas acadêmicas que ainda não haviam apresentado fizeram suas considerações.
Finalizada as apresentações a Professora Beta falou as notas que cada aluna havia tirado nas apresentações.
Ainda, a professora Beta fez algumas considerações e lembrou a turma que como já marcado, teríamos um fichamento de uma obra que fale de educação especial e apresentação da mesma para o grande grupo, na qual, esta estava marcada para o dia 03/11. No entanto, como fizemos este trabalho de saída a campo a Professora Beta nos dispensou neste dia (03/11), ficando o fichamento do livro para o dia 10/11.
25 / 10 / 2010 _ Mensagem
- Depoimento de uma mãe que conta sua experiência de dar a luz uma criança com deficiência:
Frequentemente sou solicitada a descrever a experiência de dar à luz a uma criança com deficiência. É uma tentativa de ajudar pessoas, que não tem com quem compartilhar essa experiência única, a entendê-la e imaginar como vivenciá-la. Seria Como... Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias para a Itália! Você compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu. O Davi de Michelangelo. As gôndolas em Veneza. Você pode até aprender algumas frases em italiano. É muito excitante.Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca. Algumas horas depois você aterrisa.O comissário de bordo chega e diz: -“BEM VINDO À HOLANDA!”“Holanda!? Diz você, o que quer dizer Holanda?!? Eu escolhi a Itália! Eu devia ter chegado à Itália. Toda minha vida eu sonhei em conhecer a Itália”. Mas houve uma mudança de plano de vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.A coisa mais importante é que não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente. Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você irá encontrar um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes.É um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália. Mas, após alguns minutos, você pode respirar fundo e olhar ao redor... e começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrandts e Van Goghs.Mas, todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália. .. e estão sempre comentando sobre o tempo maravilhoso que passaram lá. E por toda a sua vida, você dirá: "Sim, era onde eu deveria estar. Era tudo o que eu havia planejado." E a dor que isso causa, nunca, nunca irá embora. Porque a perda desse sonho é extremamente significativa.Porém... se você passar a sua vida toda remoendo o fato de não haverchegado a Itália, nunca estará livre para apreciar as coisas belas muito especiais... sobre a Holanda. Emily Perl Knisley (1987).
Acesso em 25 de outubro de 2010.
20 / 10 / 2010 _ 12ª Aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial
Hoje começamos a nossa aula com a socialização das visitas (observações) sobre alunos que possuem deficiência física, mental, auditivo e visual.
Cada aluna falou um pouco de como foi seu contato com as escolas e como se dá o atendimento dos alunos com necessidades especiais no ensino regular e dessa forma fazendo um link com as escolas especiais, uma vez que neste semestre tivemos 20h de monitoria na APAE.
Gislaine e Karine foram as primeiras a se apresentar, Luana e Sirlei deram continuidade, Michele e Julia foram as próximas e pegando um gancho eu (Mariane) e Giane apresentamos o nosso trabalho:
RELATÓRIO DE OBSERVAÇÕES E ENTREVISTAS
Para fundamentar na prática o que estamos estudando na disciplina de educação especial, fomos a campo observar como é o atendimento de inclusão no ensino regular e ao mesmo tempo fazermos uma comparação como é o atendimento nas escolas especiais.
Dessa forma, nosso trabalho se deu em três escolas do ensino regular e uma escola de educação especial:
· E.M.E.I.E.F. Amaro João Batista, localizada em Criciúma;
· Escola de Educação Básica Ângelo Izé, localizada em Forquilhinha;
· Escola de Educação Básica Castro Alves, localizada em Araranguá;
· Escola Especial Arthur Arns, localizada em Forquilhinha;
Observamos e conversamos com as professoras e até com as assistentes técnico pedagógicas das escolas que nos deram maior atenção. As deficiências que encontramos nestas escolas, e que vamos abordar neste trabalho foram: deficiência física; deficiente auditivo e hiperativo, síndrome de down e deficiência visual.
De forma geral, o que percebemos em todas as escolas é que se tem trabalhado muito com a inclusão, e o que é mais importante os professores buscam se aperfeiçoar e aprendem junto com seus alunos.
A Escola de Educação Básica Castro Alves, por se localizar no centro do município de Araranguá ali se concentram um número significativo de alunos, também por ser a escola mais antiga do município. Esta escola atende alunos com deficiência física (cadeirantes), surdos e mudos.
A proposta pedagógica da Escola de Educação Básica Castro Alves, tem como objetivo oferecer uma Educação que contribua para a formação de indivíduos competentes, de modo que atendam os requisitos exigidos pelos contextos onde atuarão: dinamismo, criatividade, autonomia, responsabilidade, solidariedade.
É dada uma ênfase especial à educação através de projetos, visando às situações de aprendizagem significativas, na qual se privilegiam a compreensão e o aprofundamento dos conteúdos trabalhados através dos desafios da pesquisa, para apropriação do conhecimento.
O espaço físico da escola conta com salas de aula adequadas, com rampas e acessos para os deficientes, barras de apoios nos banheiros, etc.
A relação professor aluno é muito boa, o professor tenta ao máximo contribuir para que o aluno tenha o maior desempenho no seu aprendizado, que ele se sinta realmente incluído dentro da sala de aula.
Os alunos se tratam com amizade e com respeito, e ajudam os alunos com deficiência quando necessário, dessa forma não havendo discriminação de nenhuma parte.
A mediação pedagógica é o que mais nos chamou a atenção, pela forma de como é realizado o atendimento com os alunos, pois, eles tentam instigar o que o aluno sabe e desse modo introduzindo novos aprendizados, desafios, convecções. É respeitado as limitações dos alunos, mas tentando trabalhar de forma que esse conhecimento possa ser cada vez mais ampliado.
As atividades são as mesmas que a turma realiza, mas são reduzidas e algumas vezes adaptadas para que o aluno possa desenvolvê-la e realmente entendê-la para que haja sentido e significado na atividade proposta.
Aos alunos com deficiência visual e auditiva, os professores utilizam a língua de sinais, e o alfabeto em Braille. “Encontrando algumas dificuldades com a alfabetização da língua de sinais, pois, os alunos quando vêm para a escola eles já tem construído sua própria língua de sinais, que na verdade é o meio que eles encontram para se comunicar com os seus familiares”.
As turmas dispõem de segundo professor e que estão especificamente voltando para atendê-los.
No que se refere à inclusão escolar o professor acredita que inclusão é possibilitar a todos os seres humanos estar na escola e sair com o conhecimento, assim, como os demais alunos. Formando-se um cidadão participante e atuante na sociedade.
O trabalho pedagógico é possível, porém envolve mais comprometimento do profissional em atender muitas vezes o aluno deficiente e a turma. Porque, muitas vezes as turmas são grandes em torno de 25 alunos e mais alunos com deficiência, e às vezes não se tendo o segundo professor.
Nos dias atuais sabe-se que é cada vez mais frequente o acesso à educação regular para alunos com necessidades especiais, e isso está contribuindo para uma grande modificação na educação. As escolas vêm parando para refletir suas práticas e assim se capacitando para receber estes alunos.
Sabemos ainda que a inclusão é lei, e que todo cidadão tem direito de frequentar uma sala de aula. Nesse sentido, toda escola deve contemplar em seu projeto político pedagógico a inclusão, uma vez que como já mencionado é lei.
Estamos sempre que possível se aperfeiçoando com cursos de capacitação, não só para a educação especial para todas as áreas do conhecimento. No entanto, sabemos que muitas vezes não temos cursos voltados para cada deficiência, cabendo ao professor buscar este conhecimento em livros, revistas, sites educativos, internet, pois, material disponível tem, porém ainda faltam profissionais capacitados para atuarem na área.
A Escola de Educação Básica Ângelo Izé tem como objetivo principal proporcionar uma educação libertadora, crítica, reflexiva e dinâmica que possibilite ao educando ser agente e sujeito de sua própria história, capaz de colaborar com a construção de um mundo mais justo e solidário.
Levando o educando a compreender o mundo em que vivemos nos seus diversos aspectos, afim de que possa captar o sentido da sua existência e seguir seu caminho com equilíbrio e segurança entre os múltiplos estímulos que a realidade lhe apresenta.
Esta escola atende dois alunos portadores de necessidades especiais, sendo uma aluna com síndrome de down e uma cadeirante.
O espaço físico da escola não se encontra devidamente adaptado aos alunos cadeirantes. “Acredito que se deve ao fato da aluna não locomover-se sozinha. Como são os colegas que a conduzem, ou outros profissionais da escola, os obstáculos do caminho não atrapalham tanto. Não tem rampa nas portas das salas das salas, mas ninguém reclama”.
Tanto os professores quanto os colegas mantém um convívio harmônico, não se fazendo diferença no trato com um ou outro aluno.
A mediação pedagógica é fundamental para garantir sucesso no processo de ensino aprendizagem. É o principal papel do papel do professor. Esta questão é bastante discutida em conselho de classe e reunião pedagógica.
A metodologia deve ser diversificada, no sentido de facilitar a compreensão por parte dos alunos (de todos) e manter a motivação dos mesmos pelas atividades e conteúdos propostos. Os professores trabalham de forma igual para todos, as mesmas atividades propostas para os alunos com necessidades especiais, são as propostas para o grande grupo, porém, algumas vezes claro adaptadas, até porque se não for assim não é inclusão.
Nessa perspectiva trabalhar inclusão na escola é fundamental e não apenas com o objetivo de atender os alunos com deficiência, mas para atender a todos. Existem muitas formas de exclusão, não só para os alunos com deficiência, mas para os alunos num todo, com termos do tipo: gordinho, baixinho...
Cada aluno é diferente e deve ser respeitado em sua particularidade. Incluir é aceitar, quem respeita e promove o desenvolvimento das diversas habilidades que o aluno possui.
Sobre a temática de inclusão a escola num todo, se encontra totalmente a favor. Porém, “sentimos muita insegurança no que se refere ao atendimento dos alunos com deficiência mental, auditiva e visual. Penso que falta preparação para os profissionais da educação. A falta de estrutura física também é prejudicial, mas penso, que a falta de estrutura humana é pior”.
Ainda também encontramos resistência de alguns profissionais, o que às vezes dificulta o desenvolvimento de um bom trabalho pedagógico. Porém sabemos que é um direito do aluno, garantido por lei e que deve ser cumprido da melhor forma.
O projeto pedagógico contempla esta temática de inclusão nas entrelinhas, mas de forma clara ainda não. É um dos pontos que estamos reavaliando para os próximos anos.
Questões de inclusão são trabalhadas pela escola como tema transversais, aproveitando momentos em que surgem oportunidades/necessidades e também a partir de projetos que contemplem essa temática. “Na maioria das vezes, realizamos um projeto que contemple e trabalhe com todas as disciplinas e conteúdos num todo”.
Outro fator fundamental é a postura do professor no dia-a-dia em sala de aula, nas atitudes tomadas, nas falas, pois, tudo é observado e assimilado pelos alunos.
Já a escola E.M.E.I.E.F. Amaro João Batista atende alunos com deficiência auditiva, hiperativos, síndrome de down, e um aluno com baixa visão. A estrutura física da escola não está totalmente preparada para o atendimento aos alunos com deficiência física e cadeirantes, não possuindo rampas na parte interna da escola apenas na parte externa.
Nesta escola as turmas em que atendem esses alunos, contam com o um estagiário, para cada aluno deficiente, que estão cursando a graduação. Também dispõe de um professor de Atendimento Educacional Especializado (AEE). No caso dos atendimentos realizados por este professor, são atendimentos individualizados no período oposto a aula do aluno, porém só atua 10 horas, ou seja, duas manhãs e somente no período matutino.
Para o Atendimento Educacional Especializado (AEE) a escola possui uma sala com diversos materiais e dois computadores adaptados com as funções necessárias para trabalhar com os alunos com deficiência auditiva e visual. Uma observação a ser feita é que esta sala poderia ser mais utilizada pelo Atendimento Educacional Especializado (AEE), porém, torna-se um pouco limitado, neste espaço também funciona o apoio pedagógico duas vezes por semana.
Começaremos analisando o atendimento na qual, é feito com o aluno que possui deficiência auditiva.
Bom a relação professor aluno é muito boa, a professora tenta ao máximo se aproximar da aluna com a linguagem de sinais, libras, porém é um processo muito inicial. Ela precisa aprender todos os sinais, pois, ela para se comunicar balbucia e utiliza a linguagem de sinais que aprendeu em casa. Ela tem uma estagiária que a acompanha em todas as suas atividades, mostrando e se comunicando com a linguagem de sinais. Já fizemos uma experiência de deixá-la sem o auxílio da estagiária para desenvolver as atividades, ela fez as suas atividades, porém, copiando dos colegas.
A professora da classe participa de um curso de libras na UNESC quinzenalmente, porém a estagiária que a atende, não pode fazê-lo.
As crianças também se aproximam da menina para ajudá-la, mostrando os números, pois acima tem o alfabeto digital. Nas brincadeiras não é diferente, as meninas e as demais crianças relacionam-se normalmente com ela.
A mediação pedagógica é introduzir a libras, e é mais difícil a comunicação pelo fato da menina estar no processo inicial da linguagem de sinais. Está sendo um processo inicial com a libras e a alfabetização. É mais difícil observar se está acontecendo à aprendizagem. Também é mostrado bastante imagens figuras objetos para facilitar a comunicação com ela.
“O concreto é mais fácil, os sentimentos é mais difícil, foi passado um vídeo e foi ótimo. Os sentimentos são mais difíceis de entender e expressar é preciso muito utilizar o visual. Através de jogos, recortes, sempre com a libras e trabalhando muito a imagem”.
As atividades realizadas são sempre as mesmas que as demais crianças, só que usando libras e com o acompanhamento da estagiária.
Afinal inclusão, é “dar acesso para todos, convivência com todas as pessoas”. Precisa-se de um acompanhamento de acordo com a sua deficiência e que a profissional que auxilia a aluna pudesse participar também ao curso de libras. A inclusão é um direito de todas as crianças, porém, os professores precisam de mais aperfeiçoamento para melhor poder atendê-los.
Nossa escola tenta se adequar na medida do possível, a estrutura física também está à medida do possível, porém precisamos de mais auxílio da Secretaria Municipal de Educação.
O Projeto Político da escola está sendo reformulado, justamente por estas questões de inclusão.
Sempre que oferecidos os cursos de capacitação estamos sempre participando. Atualmente apenas uma professora (que tem em sua turma a menina deficiente auditiva) está freqüentando um curso de libras quinzenalmente oferecido pela Secretaria Municipal de Educação de Criciúma, pela Beta e Silvia.
Questões de discriminação e preconceito com a aluna nunca foram visto. Mas já aconteceu com um outro aluno. Então, a professora trabalhou bastante com histórias, contos, trazendo sempre para a realidade deles. Procuramos sempre buscar algo no lúdico, também um pouco a questão da religiosidade, mas, em todos os momentos respeitando a vida religiosa de cada um. Por meio disso é trabalhado a discriminação.
Questões de discriminação e preconceito com a aluna nunca foram visto. Mas já aconteceu com um outro aluno. Então, a professora trabalhou bastante com histórias, contos, trazendo sempre para a realidade deles. Procuramos sempre buscar algo no lúdico, também um pouco a questão da religiosidade, mas, em todos os momentos respeitando a vida religiosa de cada um. Por meio disso é trabalhado a discriminação.
Continuamos nosso trabalho na mesma escola, porém agora focamos no atendimento que é realizado com a aluna com síndrome de down.
A aluna tem uma estagiária que a acompanha em todas as atividades. É necessário ter bastante diálogo, ela é bem persistente no comportamento. É acompanhada no banheiro, há bastante afeto no tratamento com ela, e obedece a professora. Ela recebe todas as atividades como os outros alunos, mesmo que não consiga desenvolver e ainda participa bastante das aulas de educação física.
A aluna come bastante, em função do peso é necessário um controle na sua alimentação.
No início foi complicado, os alunos tinham medo dela por ela ser agressiva. Com o trabalho reduzido houve muita mudança e melhorou bastante o relacionamento dela com os colegas.
Ela também no início não realizava as atividades, amassava, era teimosa. Nas atividades é utilizado bastante diálogo, no ritmo dela e no jeito dela.
As atividades são mais com recorte, colorir, pontilhado, massinha de modelar. As atividades da turma ela recebe, mas desenvolve do seu jeito, colorindo. Muitas atividades que ela desenvolve são elaboradas pela estagiária.
Para finalizarmos nosso trabalho nesta escola, vamos focar agora no atendimento no aluno com baixa visão.
Nesta escola também estuda um aluno com baixa visão e com dificuldade de aprendizagem. Ele tem uma estagiária que o acompanha em todas as suas atividades. Com ele procura-se desenvolver atividades de acordo com a turma, mas em menos quantidade e às vezes adaptadas. Ele não utiliza o caderno com margens maiores, mas na maioria das vezes as atividades e textos são ampliados. O mesmo não participa do Atendimento Educacional Especializado (AEE), por esse atendimento acontecer no mesmo período que ele estuda.
A relação entre professor e aluno é muito boa e de muita compreensão. Ele é um aluno muito esforçado e possui uma oralidade muito boa, neste sentido a professora busca sempre ouvi-lo, questioná-lo para que participe intensamente da aula.
A relação entre ele os colegas é boa, mas ele se sente inferior aos demais alunos, e quer sempre realizar todas as atividades que seus colegas realizam. Neste sentido, á realizado muita conversa com ele, sendo realizado as mesmas atividades que a turma, porém, reduzindo um pouco a quantidade, e desta forma o trabalho está acontecendo de maneira significativa.
A medição pedagógica é realizada sempre com muito diálogo, deixando em todos os momentos espaços abertos para ele expressar suas ideias, vivências, esclarecer dúvidas, e igualmente os demais alunos é convidado para realizar correções de atividades no quadro bem como leituras, participação em dramatizações. Tem boa participação nas aulas de Educação Física, Arte, Informática, Proerd.
Por fim, para concluir nosso trabalho apresentaremos uma breve análise de como é o atendimento na escola de educação especial, para assim, fazermos um link e analisarmos as formas de atendimento que são realizadas com esses alunos com deficiência e assim cada um de nós tirar as suas próprias conclusões. Afinal, não vamos encontrar nada que esteja pronto, mas que com o conhecimento adquirido vamos adaptar e criar novas maneiras de ensinar, e assim realizar um bom trabalho pedagógico com o grupo e com estes alunos com necessidades especiais.
Os alunos com deficiência, principalmente o surdo e o mudo, compreendem o que eles querem, por meio de gestos, expressões, atitudes. As suas relações são sempre harmônicas, entre eles, eles se tratam muito bem.
Por meio de observação de suas expressões, gestos, manifestações emocionais, e até pequenos gestos agressivos, que a cada um destes itens o professor interpreta, reflete e compreende o que estão querendo transmitir.
Nesse sentido, o professor propõe atividades pedagógicas que vá um pouco além daquilo que o aluno conhece, para que pela interação professor x aluno x objetos. O aluno desenvolva.
As metodologias que utilizamos são sempre lúdicas, jogos pedagógicos, materiais de alto relevo, jogos que envolvam a percepção total, gustativa, olfato, etc.
Por fim, o processo de inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nas classes regulares é possível quando se acredita no potencial humano, na alegria que a diferença pode significar entre as pessoas, na capacidade que cada um de nós sempre tem de aprender e de ensinar. Os desafios são muitos, mas vários também são os caminhos que podem ser percorridos.
Por isso, é essencial compreender que não existem pessoas melhores ou piores, mais inteligentes ou destituídas de cognição. Sabe-se que a perfeição, simplesmente, não existe. Existem pessoas diferentes. Somente diferentes.
Dessa forma, concluímos o nosso trabalho afirmando que muito se fala em inclusão escolar, mas que ainda existem vários pontos a ser melhorados. Principalmente, a capacitação desses profissionais, pois, às vezes não se faz mais porque desconhecem como se dá este trabalho.
A mesma situação se dá com nós acadêmicas que passamos a ter estes novos olhares a partir do conhecimento que estamos adquirindo nesta disciplina de educação especial, pois, antes desconhecíamos o alfabeto em Braille, a língua de sinais, e até mesmo como que deveríamos trabalhar com estes alunos.
Pensamos que se capacitado estes profissionais, boa parte deste problema já estará resolvido, e dessa forma será desenvolvido um melhor trabalho pedagógico.
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
13 / 10 / 2010 _ 11ª Aula de Fundamentos e Metodologia da Educação Especial
Bom, a nossa aula de hoje foi um pouco diferente. A professora Beta solicitou para fazermos três questões sobre a disciplina e os conteúdos estudados sobre Educação Especial, a pergunta também poderia ser uma dúvida que possuíssemos.
Após, a professora respondeu as perguntas/dúvidas que havíamos construído. E as discussões da aula giraram em torno das questões do grande grupo.
Este trabalho foi construído em dupla, no caso, nosso trabalho se deu por eu (Mariane) e minha colega Sirlei.
Apresento a seguir, as nossas perguntas, dúvidas e provocações para que você leitor também possa refletir.
QUESTÕES: sobre a disciplina e os
conteúdos estudados em Educação Especial
- Quais as principais características da escola inclusiva? Cada aluno pertence a sala de aula que ele frequentaria se não possuísse deficiência? Ou agrupamos ou preferimos agrupar alunos com deficiência em classe separadas ou escolas especiais?
- Estamos preparados para modificar os sistemas de apoio para os alunos a medida que suas necessidades mudem ao longo do ano escolar de tal forma que eles possam atingir e experienciar sucessos e sentir que verdadeiramente pertencem a sua escola e a sua sala de aula? Ou as vezes lhe oferecemos serviços e atividades tão limitadas que eles ficam fadados ao fracasso?
- Qual deficiência ou síndromes que o professor encontra maiores dificuldades para e com o seu trabalho pedagógico? Em quais situações que o professor titular tem direito ao segundo professor?
08 / 10 / 2010 _ Mensagem
OLIMPIADAS ESPECIAIS DE SEATLE

Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar.
Os outros ouviram o choro, diminuíram o passo e olharam para trás.Então viraram e voltaram.Todos eles.
Uma das meninas com Síndrome de Down ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse:- Pronto, agora vai sarar!
E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos…
Talvez os atletas fossem deficientes mentais….
Mas com certeza, não eram deficientes espirituais…
"Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos…"
Acesso em 08 de outubro de 2010.
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